Em uma era de fluidez, como observou Bauman, tudo escapa rapidamente, mal compreendemos o que sentimos. O afeto, antes nutrido com tempo, calma e atenção, agora compete com alertas, algoritmos e laços efêmeros. Em meio a essa enxurrada de contatos superficiais e uniões instáveis, surgiu este blog.
Aqui, não idealizamos o amor perfeito, nem oferecemos soluções milagrosas. Falamos do amor autêntico — aquele que vibra intensamente, que se mistura ao receio, que hesita antes de enviar uma mensagem e que, por vezes, se cala por vaidade. Amor cru. Amor em constante evolução.
Concebemos este espaço como um refúgio. Um local para fazer uma pausa, sentir, refletir. Onde podemos ponderar sobre o impacto de nossos sentimentos e como eles nos afetam. Porque, no fundo, todos ainda anseiam por amar — mesmo sem saber como.
Neste blog, exploramos a busca pelo amor em tempos de excesso: de informação, de opções, de pressa. Analisamos os afetos fragmentados pelas redes sociais, os relacionamentos com data de validade, o medo da intimidade disfarçado de desapego. Questionamos a gratificação emocional instantânea e a cultura do “tanto faz”.
Escrevemos para aqueles que amaram intensamente, que se perderam ao tentar se encontrar no outro, que já suprimiram seus sentimentos para aparentar leveza. Escrevemos para quem deseja reviver a emoção genuína — com presença, com profundidade, com coragem.
Através de reflexões, crônicas e desabafos, convidamos você a se reconectar com o que o mundo moderno busca suprimir: a sutileza do sentir, a beleza da entrega, a complexidade das relações. Porque amar ainda é um ato de resistência. E nós escolhemos resistir.
Este blog é, acima de tudo, uma tentativa. Uma tentativa de decifrar os ruídos entre o toque na tela e o toque na pele. De transformar silêncios digitais em palavras humanas. De lembrar que cada emoji esconde um coração pulsante — às vezes temeroso, às vezes esperançoso, mas sempre desejando ser notado.
Se você chegou até aqui, talvez também esteja saturado dos amores descartáveis. Talvez esteja em busca de algo mais genuíno, mais sereno, mais real. Talvez, assim como nós, você também esteja à procura.
E se estiver, seja bem-vindo. Este também é o seu lugar.